Ai está o maior problema das pessoas que querem escrever seus livros: eles voltam demais no texto escrito. Mexem tanto na busca da perfeição que não conseguem evoluir. Eu odeio reler algo que escrevi, eu penso muito mais rápido do que escrevo e isso as vezes come umas palavras e o sentido não fica tão bom. Mas se eu ficar parando para revisar quebra meu ritmo.
O que faço é escrever tudo sequencialmente. Quando acabo o capítulo passo par alguém revisar. Quem faz esse papel é o Eric, revisor e pesquisador da Triad e principalmente (já fazendo uma linda homenagem) a minha esposa! Que pacientemente lê, crítica, muda e opina em todos os capítulos que escrevo. Eu mando o Word para ela que me devolve revisado e pronto. Nem vejo nada, a não ser quando tem alguma observação dela que preciso mudar alguma coisa.
Quando tem dado de pesquisa ou estatística, passa pelo Eric para revisar os números também.
Eu só vou reler o livro, depois que envio o texto original para a editora, eles fazem a revisão deles e me enviam para aprovação final.
Enquanto estou no processo de revisão eu também crio as atividades de marketing do livro, como site, vídeos, testes, parceria com imprensa, distribuição a clientes ou parceiros, seleção de blogs para envio de resenhas, etc. Tudo se transforma em um projeto de marketing que é compartilhado coma minha agência.
Independente do marketing da editora, a minha equipe faz todo o planejamento, revisão e sugerem algumas peças também.
Parcerias com livrarias, palestras e eventos em geral também são acordados nessa fase com a editora. O que eu faço é transformar tudo em tarefas de quando será feito e crio uma tarefa de follow-up para saber se foi realmente executado.
As imagens mostram o anúncio do livro em algumas revistas e a parceria com o Submarino, que saiu em um anúncio no Estado de São Paulo.
Nesse momento também já começamos a preparar uns 3-4 releases sobe o livro que a equipe da minha assessoria de imprensa começa a disparar.
No começo essa parte de imprensa era muito complicada, ninguém sabia quem eu era e ninguém me dava espaço. Mas sou extremamente persistente e hoje conseguimos emplacar sempre em cada lançamento umas 80-120 matérias sobre o livro na imprensa geral. Também seleciono alguns veículos para dar entrevistas ou conteúdo exclusivos. Sem esses parceiros não tem livro! Por melhor que seja. É importante respeitar a mídia, ser parceiro e ajudar. Nada de frescuras ou não me toques. Eu atendo todo mundo e trato igual, seja a Revista Veja ou a Zé da Esquina.
(veja nossas publicações na imprensa: www.triadps.com/imprensa
)
É isso! Simples assim! Não tem mágica, simpatia ou ghost writer. Eu demorei 30 minutos pra escrever esse post, fiz porque estava afim e porque gostei da sugestão dos leitores. Eu só escrevo coisas que acredito, que pratico e que acho que podem ajudar alguém. Ache um propósito, descubra um por que e você vai ver seu livro sair!
Se você pretende ser escritor, as recomendações deste que não considera ele mesmo um escritor no estrito sentido da palavra:
Afinal, escrever é o que faz o escritor. Não pense em ser um apenas sonhando com os livros que poderia criar.
Bastaria isso, mas se você precisa de outras bibliografias de apoio, este Como Escrever um Livro pode ser uma opção. Embora básico, sou da opinião de que não existem perguntas bobas. E o livro é escrito em forma de perguntas e respostas. Creio que algumas delas tenham surgido para diversos escritores experientes durante seu processo criativo.
Mesmo Fernando Sabino tem aquele famoso episódio em que durante algumas linhas de seu romance O Encontro Marcado o narrador, de repente, se torna onisciente, coisa que, durante todo o resto da história, não é.
No entanto, como um livro que mereça ser lido é algo muito raro – relativamente aos inúmeros lançamentos que pululam nas livrarias -, caberia melhor uma literatura de apoio que mostrassecomo não escrever ao leitor aspirante.
Os livros que melhor recomendo, portanto, são os seguintes:
: o tom é de humor (um pouco ácido), mas leve a sério se estiver pensando em escrever um livro e acima de tudo coloque na balança as suas motivações. Presenteei com alguns exemplares desse livro os participantes do Encontro de Blogueiros Curitibanos, na semana passada
: o autor dedica boa parte dos ensaios que constam do pequeno livro ao tema da leitura, além do da escrita. Embora de época e matiz diferente do livro de Polzonoff, vai por à prova a têmpera de suas inclinações artísticas
O melhor conselho que posso dar a alguém que pretende viver do que escreve, nas diferentes modalidades em que isso é possível, é: cada um tem sua própria maneira de se expressar no mundo, portanto, experimente. Se gostar, ainda que tenha dificuldades, continue. Se não gostar, ainda que tenha facilidade, desista.
Fazer o contrário disso, em ambos os casos, seria uma traição a si mesmo.